quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

TEXTOS


...em um caderno de 1984 de FZ
( viagem para Japão e China)

a caminho da muralha...



Antes de começar__________________________
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_________________________________ termino.





Letícia nos mandou este texto do FZ.
( o que está ----------- está em grego e não conseguimos uma fonte)


Tem dois dias que a feiticeira atravessou o pateo.
Havia algo de álgebra em seus passos, matrizes de
cabalas, trigonometria dos gnomos, amphiteatrum
No pateo, chão de pedras como salas juntas de
areia, argamassando o tempo, fazendo contas a fio
argênteo fôsso congelado de inverno emoldurava
colar de infinitinhos ôcos derretendo-se viscosos,
soprando viva a mensagem lenta em vidro mole
engarrafava em si ao mar, miragens asfixiadas na
areia movediça imaginando-nos
De cor:
  As pálpebras paredes ruas muros guias margens
veias carbono luz atmosfera asma e divindade
- Azulados

O observador via, seu olho olhava rodeado de
humor vítreo por todos os lados
Nada, não havia mar, tudo era praia.
Tudo era falta, o todo partira certo do erro.
O ar não soprava e um não temporal mantinha
o passado suspenso como num passe de mágica.

Confinado à grande ampulheta, roubava o rio   
 _ _ _ _ _ _ _ _ de pedra moída, amputada da metade 
Deus que doía e remava.

Era tarde dez vezes tarde, em sua algibeira trazia
raízes estranhas, quadradas, e um certo desespero
radiestésico no ar  que ia em volta dela respirava.

Hóspedes do grande útero a trama, o tear, a reta,
Obsidiana e Certa. A Terra.
Errada

Lar da Grande Água, das pequenas algas, da Dor, da
alma, do erro lágrima morna turva óxida impura
lava vela cera cérebro depilado ventre e Platão
caverna fenda gruta fresta furo vulva vulcão
chaga dreno ruptura _ _ _ _  _ _ _ etc. etc.

Aniversário.

Cratera boceta da mãe curva; Manifesta.
_ _ _ _ _ _ _ _  _ _ _  _ _ _ _ _. Menstruar de pedra líquida,
o relevo incandescente do rio parado atrasava
Balsático de alto a baixo. Umbigo; olho mágico
Dormi no leito do Avesso.Um aberto,outro fechado

Válvula da avalanche asfáltica, revelava o vale em
vala comum a palavra larva Adorava a terra rasa;
Pás dos coveiros, semeadura de nada, ar arado de
fogo, fósforo, fátuo;. Mudança de estado, o físico, do
sólido decomposto em gás de morto e,e,e... e aquêle
cheiro de alma podre dos cadáveres de verdade.

cordão umbilical, axis mundi, cicatriz, fio de prata.

Meus últimos desejos:
-          algodão nas narinas.
-          a amnésia olfativa do meu odor.

Morrer não doía.
Doía-me putrefazer, petrificar, e o rigor mortis
fazendo Barulho
A Terra falava Dentro, em sismos, de si
Imensa
A Terra falava Dela, com sua voz de _ _ _ _ _
palavras vibrantes em língua grave como só
aquela usada pelos mundos habitados que vivem
no vácuo como vermes nos túmulos, tremendo.

Ermo e além penso o tempo pênsil, oval e amniótico
Vidro de relógio. Azul secreto e placentário como
pele de bodidharma.

Total, chave mestra porta porta porta porta porta
Valhalla.
Ponte e Parto
_ _ _ _ _ _
amálgama deu a luz aos espelhos
filhos de Mercúrio e da prata
Reflexos condicionados à transparência Opaca.

Indo indo indo indo indo indo indo e indo a luz
curva-se condenada à reta. Cela.
Aonde o ar ou o nada é tela, autopreteja-se
do alto precipita-se e para. Anda no céu de cima
Alça vôo, a casa alada cria serem asas as paredes
do lado ser retina a superfície dos lagos e ilhas as
pupilas brilhavam meninas dos olhos embotados
de terra em água; parte, imersa em vice-versa.

Circulambulava o globo como que antes, todo
_ _ _ _ _ _ _, Rápido, prestes ao sonho
o corredor,

Volta que abre-se porta: a outra sala, a tampa
do bueiro, o sêlo, a fechadura, o segredo esgotado,
o  _ _ _ _  _ _ catacumba, ralo, sorvedouro, Zigurat ...

O calendário solar e a palma da mão, o sinal
indicador junto ao polegar
virar a chave; (a carta,a caixa)
o corredor e a outra sala,
Branca
Circular

O Universo era Bom e macio.
O Vazio embalado a vácuo.
Orbitava em seu próprio ôco.
Lar
Depois  de tudo que continuava continuando
Anonimamente mensagem

mudo
como uma porta muda
antes do vento e do ar

O Universo não se sentia muito bem naquele dia.
Podia-se ler nas entrelinhas de poluição que a va-
zante deixava na praia do mar.

Organizando.

A terra foi se esfriando lentamente em mundo,
cemitérios tornaram-se jardins fertilíssimos de-
pois pomares sagrados pelo humus dos restos
mortais da raça revelando o segredo o jardim e
o jardineiro do Eden

ossos do ofício óleo de pedra esterco palingenésia

sala de espera

a tampa de caixão dos catalépticos riscada
a madeira se ruminando por dentro da porta
para em resposta surda à pergunta muda
por fora

cabelos longos, cílios encravados, unhas quebradas
crescendo, aumentando,
a inteligencia reptílica agora comandava

hhhhh .....

como somos de ontem
esquecemos

a barriga cheia de eterno fruto germinado hímen
intacto jorrando líquido morno nascido oblado
pelo que representava semente terminada
unidade viva xipófaga zenith xamântica viagem
ultra tumular subterrâneo reencontrado quarto
primevo oculto na maternidade legado jornada i
niciática hermafrodita gerado filho epiceno do
criador bissexo alquímico.

Tat Twan Asi

Décima filha de uma linha de feiticieiras matri-
mortas no parto aos dez anos completa e pronta
para o cinéreo fertilizar a sephiroth de cima.

embrião emético
filho do adubo e do hálito
filho do boquiaberto
a mão do médico instruída cumprimentando
a mão do fato instrumentava, lisa, compriiida
o campo coberto da boca afora
o dedo index e a língua fórceps
a garra devida dente aço ponta papila
cabeça látex, orelhas látex, sobrancelha
ombro ruga cova queixo, sinal de nascença
falho o braço erguido em arco reflexo cotovêlo,
Feto e pênis
o inefável saia e entrava sem nascer
pescoço cabeça pescoço corpo corpo corpo dentro
sexo ao contrário
segmento áureo

Phoenix Escritura Número Palavra e a linha reta,
imaginária que media e unia os joelhos separados
equidistava

cordão umbilical, intestino
tábula rasa
coito e parto, Shiva e Parvati
elo materializado à luz dada
abrindo o dia aceso e os olhinhos do inefável
para ver melhor o mar vermelho
enxergava enxergava enxergava enxergava.

banho hemorragia colostro empoçado no assoalho.
Pés inchados sphincter dilatado o ventre roto da
mãe deflorada pelo próprio fruto sangrava ao ser
penetrada pela bacia aberta no ápice do osso sacro
virgem extrema ungida de lúbrica matéria grassa
X
raiz de nada
um caixão de rádica foi preciso quadrado
a feiticeira morreu de pés separados

O enterro foi simples
em terra salgada
sob o céu de chumbo
Ayn Soph soprava

O Destino em sentiDo

Chamas aonde Deus circula nelas
e nas 222 portas que faltavam,

Caabaal

olvideosvedasarigoratharvicassama os
xamãs me chamam
os satur anion aeon rotas a
Hermesaphrodita o malquímico tat twan asíntese
o’missatori aumde um nobodhisattva os unirvane
por puniversos mortaos koratorios quékoando
mantravessem mahyatos
vazions
kundalimites
até
azúlnicorporaralmalgamatrimuníssono-
pranimavatardebhagavatômicadetalmuda
e.s.phera p elo acabardo thodol.

                                         F.Z, XXV-X-MCMXCII

25 de Outubro de 1994, 21 horas
Galeria Millan rua Francisco Leitão 134